A Secretaria Nacional de Assistência Social, depois de inúmeras reuniões, entendeu que o CIEE realiza também um grande trabalho de assistência social, como pode ser verificado, por exemplo, nas ações desenvolvidas junto a pessoas com deficiência de toda natureza. Isso resulta na abertura do mercado de trabalho, junto a empresas fluminenses para os portadores de tais deficiências e que sejam capazes, através de adequado treinamento, de exercer funções compatíveis com as suas limitações.
Além disso, a própria distribuição de bolsas-auxílio aos jovens inscritos no CIEE (talvez a maior ONG brasileira) configura um atendimento social de primeira ordem. Como considerar de outra forma o que representa para eles o recebimento do seu primeiro salário? É uma forma, igualmente, de reduzir o impacto da evasão que marca o nosso atual ensino médio. Jovens desistem dos estudos por absoluto desinteresse no que lhes é ensinado, mas também pela falta de perspectiva em relação ao mercado de trabalho.
A situação é paradoxal. Enquanto se assinala esse fenômeno, empresários reclamam do baixo nível de oferta em empregos de nível intermediário, além da precária qualificação dos que se apresentam para trabalhar. O treinamento do CIEE supre de forma competente esse fato, hoje reconhecido em nosso Estado. Com uma outra particularidade: instituições oficiais, primeiro de modo desconfiado e depois com certeza absoluta passaram a se interessar por esses programas, aos quais aderiram de maneira inequívoca. Só dois exemplos são suficientes para corroborar
esse ponto de vista. Primeiro o grande número de jovens do CIEE que se encontram estagiando no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, espalhados pelas suas mais diversas comarcas, e em segundo lugar pela crescente demanda registrada ela Defensoria Pública, que recebeu a incorporação aos seus serviços de mais de 1.000 jovens. É um caminho sem volta. Também o CIEE de Pernambuco teve renovados os seus Certificados de Filantropia.