Acompanhamos bem de perto as vicissitudes provocadas, na sociedade brasileira, pela disseminação da pandemia. Num primeiro momento, os maiores riscos foram reservados para os idosos. Todo cuidado é pouco. Mas agora, quando se prenuncia uma segunda onda, igualmente perigosa, não há mais limite. Os jovens foram também alcançados, em parte por causa da sua excessiva liberalidade. Andam aos montes, sem máscara e não dando bola para o álcool gel.
Quanto ao aprendizado, prejuízos são registrados para os representantes das classes de renda mais baixa, como foi assinalado por um levantamento do CIEE/SP. Em conversa com os dirigentes Humberto Casagrande Neto e Marcelo Gallo, ouvimos dizer que os contratos de estágio e aprendizagem caíram drasticamente, o que também aconteceu no Rio de Janeiro, como podemos testemunhar.
É bem verdade que houve uma reação, sobretudo em São Paulo, quando as vagas ocupadas foram 5.300 em abril deste ano. Chegamos a 20.300 em setembro. Vamos fechar o ano com o cálculo de 205.000 contratações e há uma perspectiva, para o ano de 2021, de 273.000. Voltaremos ao nível do ano passado somente no final de 2022, isso se tivermos a ajuda indispensável da economia.
O momento, pois, é de apertar o cinto. Isso tem sido feito, com os cuidados naturais, pois é uma atividade que tem dado aos jovens muitas oportunidades de usufruir os benefícios do primeiro emprego.
Quem poderia adivinhar que teríamos de enfrentar os malefícios de tamanha tragédia? Ela vitimou pessoas que estavam legitimamente empregadas e outras que tinham essa risonha perspectiva, mas acabaram se decepcionando com o triste cancelamento de vagas prometidas.
Com a evolução científica e tecnológica, de que o Brasil não pode se apartar, muitas áreas foram iluminadas e depois retiradas do portfólio das empresas. Era uma esperança que ficou na saudade.
O pior disso tudo é o aparente desânimo da clientela jovem. O nosso empenho é para que ela recobre o seu necessário entusiasmo. Assim a caminhada será mais suave e colocaremos todas as nossas energias no esforço em favor do desenvolvimento do país.