Ainda somos francamente favoráveis ao uso dos livros, da forma impressa ou mesmo acessados por intermédio de ferramentas como a nuvem de livros, hoje um sucesso incomparável nos sistemas de ensino. A apostila, depois de usada, é jogada fora, enquanto o livro permanece para toda a vida, como fonte de conhecimento.
Outra pergunta, de João Francisco Aguiar, foi sobre o seu neto, de dois anos: “Ele tem um tablete. Passa os dedos na tela e busca as músicas, com as quais vibra. Fico assustado com o seu futuro. Como firmar valores e educar as crianças?” É a missão conjunta de pais e professores. Não devemos ser contrários às máquinas, mas utilizá-las em tempo certo, na ocasião devida. É isso que não está sendo feito, existente, com exageros que, no futuro, serão difíceis de ser corrigidos.
A questão suscitada por Edson Barros foi muito interessante: “Estamos pilotando um avião enquanto aprendemos aerodinâmica.” Pergunta ele: “Como o professor pode se preparar enquanto parece que está sobrevivendo na atual dinâmica do ensino brasileiro?” Ele tem toda razão, mas é preciso encontrar tempo para conciliar as missões envolvidas. O ensino da aerodinâmica, para usar uma figura de retórica, deve ser anterior à entrada no avião. E precisa ser muito bem feita, para evitar desastres indesejáveis. Por fim, me perguntaram se aprovo a volta do Latim às nossas escolas. Pergunta de Antônio Basile. A minha resposta é francamente favorável. Com o latim aprenderíamos a etimologia das palavras da língua portuguesa.