Os sofistas eram pensadores que surgiram na Grécia, profissionais da palavra. Caberá a eles, no século V a.C., a tarefa de responder pelo ideal da nova classe dominante, que era a dos comerciantes. Eles sempre foram mal interpretados em virtude das críticas que deles faziam os filósofos Sócrates e Platão.
A palavra sofista vem de sophos, que significa sábio ou professor de sabedoria. Mas pode ser também “o homem que emprega sofismas” ou “alguém que usa de raciocínio capcioso, com a intenção de enganar”. Os sofistas, com a sua importância, foram resgatados por Hagel, no século XIX. Para eles, a maior das virtudes é a justiça e todos devem ter direito ao exercício do poder.
Através da paidéia, palavra que se origina de paidós, criança, elaboram os princípios de uma nova educação. Daí pedagogo ser literalmente “aquele que conduz a criança”. Os sofistas eram mestres da retórica. Os mais famosos foram Protágoras, Górgias e Híppias. Desenvolviam um ensino itinerante e cobravam pelas suas aulas, daí Sócrates acusá-los de prostituição.
Obra também importante dos sofistas foi a sistematização do ensino. Do seu currículo constavam gramática, retórica e dialética, mas desenvolveram também a aritmética, a geometria, a astronomia e a música. Deslumbraram os jovens do seu tempo.
Tudo isso foi lembrado pelo professor Merlí, em suas aulas de Barcelona. Com o seu jeito característico, recordou Aristóteles, para que “o maior saber é aquele que não serve para nada”. Exagero, não é? A sua maior preocupação era ensinar os alunos a pensar. Na escola, resolve combater a campanha de doação e alimentos, mas não se dá bem. Cita David Hume: “Você deve aprender a ajudar os outros” e precisa dar explicações convincentes sobre altruísmo e filantropia.
É notável a arte psicológica de Hume. Noções são famosas na história da filosofia humana: a ideia fictícia de substância, o conceito de existência e a mais célebre das análises de Hume, que é a da causalidade. Essas ideias fictícias envolvem substâncias, a existência, o eu e a causalidade crescem quando promovemos a sua associação). O psicologismo de Hume tem lugar na história.