O Apoio ao Programa de Aprendiz


Arnaldo Niskier

A nossa sociedade está convencida de que o programa do Jovem Aprendiz só traz benefícios. Ele é desenvolvido por intermédio do Centro de Integração Empresa-Escola(CIEE), instalado praticamente em todas as capitais brasileiras, com muito sucesso. Esse exemplo pode ser encontrado em outros países, com o mesmo êxito. Hoje, temos 462 mil jovens aprendizes no Brasil.

Quando se espera pela sua expansão, como seria natural, surge um grupo de parlamentares com a idéia lamentável de afogar o programa, sob pretextos variados – a todos eles despropositados.

A denúncia foi feita num zoom, a partir de São Paulo, sob a liderança de líderes como Humberto Casagrande Neto, José Augusto Minarelli e Paulo Delgado. Eles denunciam um pseudo-liberalismo por trás da lamentável iniciativa, que se faz quando a Justiça está em recesso.

Os defensores dessa iniciativa acusam o programa de ter nascido, por motivos político-partidários, no governo Lula, quando isso é uma clara mentira. Os autores do programa eram todos do governo Fernando Henrique Cardoso, portanto não procede a desculpa apresentada. Por isso mesmo, sob a liderança do deputado Marco Bertaioli, foi criado um grupo de trabalho que visa a ampliar esse procedimento, hoje infelizmente prejudicado por diversos equívocos do Ministério do Trabalho, que parece querer agir com uma política anti-jovem, como se isso fizesse sentido.

É certo que não devemos nos preocupar com o chamado marco regulatório do aprendiz, mas sim furar a bolha armada para prejudicar uma clara iniciativa de belos resultados. Há um movimento nefasto para ressuscitar um projeto contra a figura do aprendiz, quando o defensável seria reunir forças para fortalecer o que já demonstrou ser algo profundamente democrático e necessário ao desenvolvimento do nosso país.

Com o fim da pandemia e a natural criação de novos cursos em escolas e universidades, o marcado de trabalho será enriquecido e disso os jovens se beneficiarão. Só enxergam prejuízos os pobres de espírito, cultores do nefasto negativismo, que em nada ajuda a construir uma nação próspera.