Para uns, é a ciência dos números. Para outros, a ciência do raciocínio. Para Pitágoras, de Samos (Grécia, 570 a.C – 495 a.C), o número é a arché (princípio) de todas as coisas. Foi assim que nasceu a Matemática, que se reveste de um enorme prestígio entre todas as ciências.
Tive uma dupla felicidade. Primeiro, ter feito o curso de Matemática na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da então Universidade do Distrito Federal, que funcionava nas instalações do famoso Instituto La-Fayette (Tijuca). Foram quatro anos de intenso aprendizado, com notáveis professores, como Haroldo Lisboa da Cunha, Luiz Caetano de Oliveira, Dora Genes, Bayard Boiteux e outros mais. Depois, a minha felicidade se completou quando, já bacharel, recebi o convite do diretor da FFCL, professor Ney Cidade Palmeiro, para lecionar Geometria Analítica nas primeiras séries dos cursos de Matemática, Física e Química. Tive esse privilégio durante sete anos, período só interrompido quando troquei de área para lecionar Administração Escolar e Educação Comparada, já então para todos os cursos da Faculdade, outra honra que me foi concedida, por sugestão do Prof. Francisco Alcântara Gomes Filho.
Nomes e fatos da Matemática se tornaram, para mim, bastante familiares, como o Teorema de Pitágoras (“o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”) ou as contribuições de Tales de Mileto e Euclides, este no século III a.C., com os seus incríveis Elementos seguidos de Postulados que não se demonstram, como aquele que afirma que “por um ponto fora de uma reta só passa uma paralela a essa reta”. Lembro-me também daquela verdade matemática: “Toda paralela a um dos lados de um triângulo determina um segundo triângulo semelhante ao primeiro.” Comprova-se isso com o exame das sombras projetadas pelas pirâmides nas areias do deserto. Querem algo mais bonito?
Há uma equivalência entre Matemática e Lógica, como comprovou Leibniz. E Newton conseguiu unir Matemática e Física, fortalecendo o método empírico. Uma das suas contribuições mais originais foi a formulação do Cálculo Integral. Ele estabeleceu a presença da ordem e da lei mediante as descobertas relativas ao movimento dos corpos celestes. Provava que todos os processos da natureza se desenvolvem conforme rigorosas leis matemáticas, daí a valorização do que ele chamava de experimentação.