É claro que todas as pessoas de bom senso querem a existência de dois Estados soberanos. Isso chegou a tomar forma com a decisão da ONU de 1947, mas a resposta árabe foi a declaração de guerra, mesmo fato que se repetiu nas guerras seguintes. Em 1973, Israel soube via satélite que os árabes se preparavam para atacar o seu território. Os seus dirigentes avisaram ao governo dos Estados Unidos. Resposta do então chanceler Henri Kissinger: “Não deem o primeiro tiro. O mundo jamais os perdoará pela iniciativa.” Ouvi do general David Eleazar, comandante do exército, o que custou essa decisão ao povo judeu: 500 jovens soldados morreram na primeira investida.
Quando, em relação a isso, as forças israelenses tomaram armas e territórios dos seus inimigos, era comum ler declarações contra a violência de Israel, a desproporção de forças e outros argumentos, que agora se repetiram de forma cansativa.
Quem analisa com o mínimo de isenção a realidade geopolítica do Oriente Médio sabe que os dois Estados, que são viáveis, somente existirão quando houver boa vontade dos dois lados. Quando houver a disposição dos dois povos semitas de se tratarem como irmãos – e assim todos sairão ganhando. Vocês já imaginaram o proveito para os palestinos das conquistas israelenses no campo da ciência e da tecnologia, em que já assinalaram a conquista de 10 prêmios Nobel em relativamente pouco tempo de existência?
O morticínio, em pleno século 21, é sempre profundamente lamentável.Como afirmou muito bem o pensador Paulo Geiger, não se pode demonizar Israel e angelizar os palestinos. O que todos desejamos, num país de tradição pacífica, como é o nosso, é que a guerra tenha fim e dê lugar a uma comunhão pacífica e proveitosa. Ganharão os dois povos e ganhará o mundo.