Um dos diferenciais do curso de Matemática, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, desde sempre, é a qualidade dos seus professores. A começar pelo fato de que Matemática e Física marcham juntos. Quem se forma num dos cursos tem o direito de lecionar algumas matérias do outro, desde que complete a seriação do bacharelado (três anos).
Por isso, teve grande relevo a presença do titular de Física, professor Francisco Alcântara Gomes Filho, no curso de Matemática. Foi uma das estrelas do quadro de magistério, na década de 50, rivalizando com outros grandes catedráticos, que a seguir enumeramos: Haroldo Lisboa da Cunha (Álgebra e Análise), Felipe Santos Reis (Geometria), Josué Afonseca (Geometria Projetiva), Luís Caetano de Oliveira (Mecânica Racional), Almirante Castilho (Mecânica Celeste), além dos professores Dora Waga Genes, Hilda Adão, Bayard Boiteux, Saulo Diniz Swerts, Arcy Tenório d’Albuquerque, Jáder Benuzzi Martins, Cristiano Hennig, os dois últimos pertencentes ao Instituto de Física. Foi um aprendizado permanente.
A matemática foi feita pelo homem. Portanto, é sujeita a ser alterada seguidamente por ele. Mesmo trabalhando com a incerteza, a ciência dos números e do raciocínio tem verdades inabaláveis, como é o caso da geometria euclidiana. Hoje, ela é tão acreditada como há 300 anos a.C.
A palavra Matemática tem origem grega e significa “aquilo que se pode aprender”. Essa ciência estuda quantidade e formas e possui uma linguagem própria para representação.
A história da Matemática remete à história da própria humanidade. Isso porque os registros mais antigos encontrados sobre essa ciência datam de 2400 a.C. Podemos considerar que ela é uma ciência exata (ou quase) que foi desenvolvida para solucionar problemas relacionados com o cotidiano.
Vale citar a resposta de um dos mais estelares cérebros do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Marcelo Viana, presidente da Sociedade Brasileira de Matemática, sobre a utilidade da ciência: “Quando me perguntam para que serve a matemática, vem à minha mente a imagem de um babilônio pleiteando verbas públicas para pesquisar os números primos. Questionam-lhe o propósito de seu estudo, e ele justifica: É que daqui a 5 mil anos vão pegar isso e criar a criptografia, que permitirá pagar contas com o cartão de crédito. É impossível prever, mas a criptografia está aí, assim como inúmeras descobertas que se fundaram no saber dessa turma que, como eu, vive em outro plano.”