Crônica: Educação e o Hibridismo - Direitos Humanos Universais

Arnaldo Niskier
A Internet continua a crescer, inclusive porque Google e Facebook têm projetos sociais de implantar a benfeitoria em regiões carentes. É uma forma de valorizar o que entendemos por direitos humanos universais.
 
Com a necessidade de atendimento educacional, sobretudo em países socialmente desfavorecidos, esses novos mecanismos abrem perspectivas de democratização de oportunidades como jamais se viu. Assim, pode-se ligar a Internet a uma escala planetária de ofertas, valorizando o conceito de direitos humanos.
 
A que se deve agregar as potencialidades da modalidade de Educação à Distância, hoje, em plena expansão, pois se trata de um fator reconhecidamente barato e eficaz. A EAD se vale dos avanços científicos e tecnológicos e tende a um crescimento explosivo, mesmo em nações subdesenvolvidas, onde as inovações custam mais a chegar, mas acabam se beneficiando também do progresso.
 
No Brasil, a modalidade está vencendo preconceitos iniciais e conquista cada vez mais estudantes. Hoje, o número chega a 1,8 milhão de matriculados. Há 1.200 cursos à distância no país e a alta nos vestibulares é bastante significativa: cresceu 80% nos últimos anos. O Ministério da Educação registra que há uma espécie de amadurecimento da modalidade, que atrai um número cada vez maior de adeptos, embora a maioria pertença ao ensino privado (cerca de 60% do total).
 
Como ocorre nos Estados Unidos, temos igualmente um modelo híbrido, com matérias presenciais e à distância. Verifica-se um fato digno de registro: os diplomas são iguais, mas os alunos diferentes. Há um esforço notável para que o aluno à distância seja levado a gostar da leitura, além de valorizar a interatividade. Há uma convicção generalizada, entretanto, de que é preciso melhorar a qualidade do ensino à distância e nisso os nossos mestres estão vivamente empenhados.