O exemplo da cidade cearense de Sobral está frutificando. Agora aos cuidados do Instituto Êxito, presidido pelo educador Janguiê Diniz, está nascendo o projeto de empreendedorismo para uma vida transformadora, com apoio da Unesco, na cidade de Bezerros, que fica no agreste pernambucano. A jovem prefeita Lucielle Laurentino deu a partida ao atendimento a 150 jovens, num programa pioneiro de seis meses, que certamente fará com que os estudantes alcancem o ensino médio muito mais preparados para enfrentar as inovações previstas no BNCC, base que se espera seja implementada com competência no Brasil inteiro.

 

São 16 inovações organizadas por uma equipe comandada pelo professor Celso Niskier, reitor da Universidade Carioca, para uma distribuição até mesmo internacional. Os alunos são atendidos de forma gratuita, com parcerias a serem firmadas pelo Instituto Êxito com prefeituras e governos de todo o país, a partir dessa experiência inicial em Bezerros, o que representa um avanço de extraordinária repercussão. Como estamos preocupados com a qualidade da educação brasileira, a partir dos ciclos iniciais, esse projeto enseja uma verdadeira revolução. É uma reação ao fato lamentável de termos perdido 2 milhões de  estudantes com a crise da pandemia. 

 

Esse estímulo representa muito, pois temos muita carência de bons materiais didáticos. Trata-se de um programa pioneiro de seis meses. A partir de Bezerros, haverá extensão a outras cidades, com a competente supervisão de técnicos orientados pelo professor Celso Niskier, que hoje também preside a  Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES).

 

Uma correta visão do nosso mercado de trabalho ajudará muito os jovens a encontrar o adequado caminho profissional a partir das oportunidades existentes na via intermediária. Hoje em dia, não apenas temos desprezado as opções existentes, com tudo o que nos oferece, por exemplo, a crescente informática, como tem se registrado um indesculpável abandono. Não se pode culpar a pandemia por todos esses males, até porque ela está em franco processo de desaparecimento.  É preciso reagir a essas circunstâncias negativas. Por isso mesmo, projetos como o do Instituto Êxito merecem toda a primazia.