Há alguns meses, no Rio de Janeiro, mais precisamente na Ilha do Governador, registrou-se uma incrível agressão de alunos a professores de uma escola pública. Fato lamentabilíssimo.
Agora, foi a vez de São Paulo, na cidade de Carapicuíba, envolvendo jovens de 12 a 16 anos de idade. O programa “Fantástico”, da TV Globo, deu ampla cobertura ao fato. Não se pode compreender, nem justificar a triste ocorrência.
A agressão covarde a uma mulher foi registrada pelas câmeras de vídeo, com características inusitadas de violência. Nada justifica a atitude desses jovens, que foram apreendidos pela polícia (oito deles). São os que aparecem atirando carteiras na professora e gritando na sala de aula da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, que fica na Grande São Paulo.
A professora agredida relatou ter sido ameaçada pelos alunos. Acrescentou que o clima de tensão é constante na escola. Segundo a polícia, os adolescentes foram autuados por associação criminosa e serão levados, como é natural, à Vara de Infância e da Juventude.
Em nota, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo disse repudiar “todo e qualquer ato de violência dentro e fora do ambiente escolar”. Chamou os pais dos alunos, como é natural, e o Conselho Tutelar está acompanhando o caso. Ele é responsável pela resolução de conflitos e o incentivo à cultura de paz. Por isso mesmo, os acusados pela violência poderão ser alvo de uma transferência compulsória.
A cidade de Carapicuíba fica na região metropolitana de São Paulo. Tornou-se município em 1965, quando se emancipou de Barueri. Estima-se que o nome tenha origem na língua tupi, podendo significar uma espécie de arbusto. Foi uma das doze aldeias fundadas pelo padre José de Anchieta, por volta de 1580, quando a sua chegada a São Paulo. Carapicuíba era ponto de passagem e parada dos bandeirantes em direção ao interior. A região viveu um clima tenso devido aos conflitos entre brancos e índios. Por seu passado histórico, não merece passar pelos atuais dissabores.