Com a ajuda da restauradora Adriana Sousa, estou dando um jeito nos muitos  livros acumulados ao longo do tempo. Vou doar parte deles. É um nobre destino. Nos demais preciso que se juntem os que têm afinidade temática. E estou relendo as centenas de autógrafos recebidos de gente ilustre. Como é bom a gente  se sentir querido e respeitado.

 

Escolhi como primeiro livro um trabalho do inesquecível prof. Leodegário Azevedo: “A arte da gramática da  língua mais usada na costa do Brasil”. Eis a dedicatória do meu  amigo: “Para Ruth e Arnaldo Niskier, esta raridade bibliográfica, que ninguém sabia existir, também, na Biblioteca Nacional de Madrid. Abraço anchietano do Leodegário. Rio, 2002.”

 

Depois, outro exemplo. Do meu estimado chefe e amigo Adolpho Bloch, no seu clássico “O pilão”:  “Meu caro Arnaldo, o prefácio de pilares a pilão já é obra de um acadêmico. Obrigado de muitos anos.  Rio, outubro  de 1998.”

                                   Tem a dedicatória da estimada Nélida Piñon, em 1997: “Aos queridos Ruth e Arnaldo Niskier, o carinho e a admiração de Nélida Piñon.” E a modéstia da minha madrinha Rachel de Queiroz, em 1982: “Querido Arnaldo, esperando o seu, que será muito mais bonito.” Ela se referia à minha posse na ABL, saudado com a competência de sempre pela autora de “O Quinze”.

Não poderia deixar de ter a presença de Josué Montello no seu “Como presidi a Academia” em 1995: “Ao Arnaldo Niskier e Ruth esta lembrança muito afetuosa do Josué Montello.” E do meu inesquecível reitor e amigo João Lyra Filho no seu famoso “Cachimbo, pijama e chinelos”: “Ao Arnaldo amigo, lembrança de João Lyra Filho, em  30/1/63.

 

Em “Aprendendo com a vida”, o genial médico Ivo Pitanguy se coloca: “Para Arnaldo, com um abraço fraternal do Ivo (1993).”A escritora Nísia Nóbrega, da Academia Brasileira de Educação, foi muito gentil: “Para Niskier, a glória da cultura... expressão do amor da natureza”. Samuel Malamud, no “Recordando a Praça Onze”: “Ao ilustre acadêmico e prezado amigo.”