Educação Inclusiva
Arnaldo Niskier
A prezada Marili Scliar me pede um artigo para a revista da abençoada Na’amat de Porto Alegre, abordando o tema da Diversidade. Gostei muito da ideia, pois estou me dedicando a essa área não apenas nos artigos semanais que escrevo para diversos jornais brasileiros, mas também nas atividades da Academia Brasileira de Letras, que tive a honra de presidir por dois anos.
Recebemos recentemente imortais que se enquadram nessa perspectiva, como o indígena Airton Krenak, a professora Heloísa Seixas, o cantor e compositor Gilberto Gil, demonstrando que a instituição está no caminho certo, ao abrir suas portas para figuras tão diversificadas da nossa cultura.
No meu caso, abordando aspectos pessoais, devo esclarecer que toda a minha família (três filhos e seis netas) estudou na Escola Israelita Brasileira Eliezer Steinbarg, um modelo de qualidade de ensino com um formidável toque judaico.
Ainda dentro do tema que me motiva tanto, fiz os versos que transcrevo a seguir:
Vejam o exemplo da Academia
Indígena, mulher e o Gil
São imortais noite e dia
Em época como jamais se viu.
Valoriza-se a diversidade
Já era hora para isso
Ganha-se mais mocidade
E valoriza-se nosso serviço.
Se é para usar inovação
Pensa-se na educação inclusiva
Devemos trabalhar com emoção
E muita criatividade, ora viva!
O Brasil está em vias de promover uma ampla reforma da sua educação. Nesse momento, suas autoridades pensam muito no pré-escolar, com enormes carências, e no ensino médio, com modificações que estão previstas para o ano próximo. Há uma compreensão generalizada de que precisamos de uma nova e renovada educação, para abrigar inovações como a inteligência artificial, uma realidade da qual não podemos nos dissociar. E sempre com amplo respeito aos princípios da diversidade democrática.