Crônica: A ética na Inteligência Artificial

Arnaldo Niskier
Pela primeira vez, o Tribunal Superior Eleitoral propôs a formulação de regras objetivas para utilizar a inteligência artificial nas próximas eleições. Era uma necessidade da qual não se poderia prescindir. Quem descumprir regras de transparência poderá sofrer punições de todo tipo.
 
Assim se vê que a IA é uma ferramenta que não é só útil para produzir resumos, organizar informações e construir textos do cotidiano. Suas virtualidades vão além e será uma grande atração no ano de 2024. O GPT-5 virá cheio de novidades. Estamos próximos da existência de agentes  inteligentes, dos quais devemos cobrar um comportamento ético de primeira ordem. Deve-se conter, em limites apreciáveis, o uso disseminado da ferramenta. Sob esse aspecto, não se quer a manipulação de eleições, pois isso seria um retrocesso.
 
O que se sabe é que a IA pode (e muito) ajudar a restaurar a humanidade essencial. E na Medicina, como no caso das arritmias cardíacas, lesões cutâneas e infecções, por meio de Chatbots, a IA responde a perguntas de saúde, aliviando o trabalho de médicos e demais profissionais da área. Eles ficam com mais tempo para cuidar dos seus afazeres.
 
É claro que a IA tem desdobramentos éticos inevitáveis. Pensemos na questão da privacidade. Devemos proteger os seres humanos de explorações indesejadas. O seu uso poderá provocar a substituição de empregos tradicionais. Isso deve acontecer de maneira cuidadosa.
 
Pode-se resumir essa contribuição para um futuro mais inclusivo, com a esperança de que os algoritmos não reforcem preconceitos. Isso seria altamente indesejável. O exercício da ética será essencial, no desabrochar de todo esse processo.
A ciência assinala progressos diários na matéria, como a   versão gratuita, disponível em 170 países, inclusive o Brasil. Já o Google desenvolveu três versões do Gemini: Ultra, Nano e Pro. Serão úteis nos desafios de raciocínio, linguagem, matemática, programação e conhecimentos gerais.
 
Quem poderia sonhar com tantas conquistas, há 10 ou 15 anos atrás? E há muito o que  se esperar de tantos e tão competentes cientistas do mundo inteiro que nos surpreendem a cada momento.