Bons serviços ao ensino superior
Arnaldo Niskier
Temos hoje no Brasil mais de 2,5 milhões de professores. Muitos felizes por sua inequívoca vocação, mas sofrendo as agruras de baixos salários, o que vem de longe. A escritora Clarice Lispector falava de alegrias e agonias na profissão que ela também respeitava muito. Gostaria de encontrar no mestre a figura do orientador ou facilitador de aprendizagem, para atribuir-lhe a devida importância, fazendo do amor a sua maior arma.
Dos que concluem o ensino médio, hoje no Brasil, somente 2% se voltam para o magistério como profissão. Os sacrifícios impostos aos professores brasileiros nem sempre têm o devido reconhecimento da sociedade. Mas existe a convicção de que eles são fundamentais para o nosso futuro e como são importantes para a educação brasileira, hoje e sempre.
De acordo com análise recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 23% dos estudantes brasileiros frequentam uma faculdade ou instituição pública de ensino superior, enquanto a grande maioria, 76 %, estuda na rede particular. Esses números mostram a força e o desenvolvimento da educação privada no país, mas ainda não muda a incômoda 88ª posição em que o Brasil aparece no índice de desenvolvimento da Educação, divulgado pela Unesco, em 2011.
No mundo, há hoje cerca de 100 milhões de estudantes universitários, entrando o Brasil, nesses cálculos, com menos de 4% desse total. Esse número é inexpressivo se considerarmos nossas potencialidades como nação emergente, líder do seu continente. Especialistas estimam que deveríamos ter o triplo do número atual de estudantes de ensino superior para nos equiparmos com nações como a Argentina e o Chile, que estão, nesse particular, em situação superior à nossa.
Há consenso que um dos maiores desafios das universidades, para os próximos anos, será o emprego de novas tecnologias da informação para a modernização do ensino. É essencial atualizar o tripé ensino/pesquisa/extensão, para criarmos cidadãos críticos e responsáveis, com direito à aprendizagem por toda a vida, como também aprimorar a qualidade do material humano que irá formar crianças e jovens, da escola básica ao ensino superior, na era da globalização e da Internet, e que colaborará para a evolução da nossa sociedade.
Fundada em agosto de 1982, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) congrega entidades do ensino superior particular de todo o território nacional com o objetivo de representá-las nas mais diversas instâncias, governamentais e não governamentais, e de contribuir para o fortalecimento do ensino superior particular brasileiro.
O primeiro presidente foi o professor Cândido Mendes e, atualmente, presidida com muita competência por Janguiê Diniz, que comanda um dos maiores grupos educacionais do país – o Ser Educacional , com mais de 150 mil alunos, - a ABMES desenvolve ações na área acadêmica e no âmbito político com o suporte efetivo de uma equipe técnica multidisciplinar altamente qualificada, ao lado de infraestrutura física moderna e funcional.