A nova revolução industrial


Arnaldo Niskier

Vivemos o tempo da quarta revolução industrial e daí surge a utilização da inteligência artificial nesse processo.  Estamos conhecendo a existência de  máquinas que são capazes de pensar como os humanos.  Sabemos que os dois hemisférios da inteligência artificial – o cristalino e o trevoso -  em pleno emprego na Universidade de Stanford(USA) são capazes de determinar se um indivíduo é heterossexual ou gay, num infernal avanço do desenvolvimento científico e tecnológico.
 

Pude determinar o nível desse progresso, na prática, com a visita feita à escola Eleva, no Rio de Janeiro.  O seu laboratório de Robótica mostra de forma adequada como a IA revolucionou o cotidiano.  Já não  constitui mais surpresa o fato de que softwares podem superar os humanos em arranjos mentais, dando show de lógica e raciocínio.  Outro ser inteligente pode estar habitando o planeta, criando condições especiais de rivalidade.

Robôs operam carros autônomos, indiscutivelmente facilitando nossas vidas.  Será possível dirigir carros à distância, caracterizando a presença da inteligência artificial na nossa rotina.  Algoritmos serão a marca da presença tecnológica no mundo desenvolvido do século XXI.  O que parecia um sonho do escritor e cientista Isaac Asimov (1920-1992), autor do clássico “Eu, o robô”, hoje é uma risonha realidade.

Enquanto um carro é dirigido pela IA, graças a  um computador de bordo, outra inteligência artificial pode ser acionada pelo motorista para encomendar o seu jantar, que será entregue em minutos por um drone devidamente instruído.  A Amazon já testa esses produtos, com grande eficácia.  É o resultado de avanços obtidos no Vale do Silício, onde se desenvolve uma ação que pode executar 500 diferentes trabalhos num dia e outros 500 no dia seguinte.  Assim, a IA poderá substituir seres humanos em funções que não exijam capacidades, como é o caso de motoristas e/ou mestres de obras.  No lugar deles, com uma indizível vantagem, estarão robôs devidamente qualificados.  Serão os pedreiros robóticos, como existem na Austrália, capazes de erguer prédios com a maior competência.


De 2013 para cá, as tecnologias de inteligência artificial cresceram algo em torno de 300% ao ano – e isso tende a se ampliar progressivamente, servindo aos seres humanos.  Como é o caso do aplicativo “Peek”, citado pela revista  Veja, que é um kit portátil de exame de olhos, utilizando a câmera de  smartphone  para detectar a existência de cataratas.


O “Peek” foi testado em 5 mil quenianos, no ano passado.  Graças a essa descoberta, tem sido possível tratar a doença em tempo hábil, evitando que se chegue ao limite extremo da cegueira.  Como se vê, a inteligência artificial é de extrema utilidade e, no caso, beneficia nações que têm dificuldades econômicas.  A sua presença nas escolas se faz de modo cada vez mais intenso.