Com os recursos da Internet, foi realizada uma live da Academia Brasileira de Letras com a Academia de Letras e Humanidades do Estado de Israel. Do lado brasileiro, participaram os imortais Marco Lucchesi (presidente), Arnaldo Niskier, Celso Láfer, além do presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luís Davidovich. Entre os israelenses, Madame Nili Cohen (presidente), os professores Sergio Hart, Yosef Kaplan e Moti Segev, além das professoras Gália Finzi e Jô Cohen. Foi uma saudável troca de ideias, para ativar o intercâmbio científico e tecnológico entre os dois países amigos.
Da minha parte, recordei o encontro realizado em 1968, no Rio de janeiro, por iniciativa do empresário Adolpho Bloch, na época guindado à presidência da Sociedade Brasileira dos Amigos do Instituto Weizman de Ciências. Vieram ao Brasil, com muito proveito, os cientistas Amos de Shalit, Michael Feldman, Chaim Pekeris (pai do computador Golem) e Amos Chorev. Esse intercâmbio prosseguiu vinte anos depois, quando veio ao Rio o genial cientista Albert Sabin, autor da vacina oral contra a poliomielite, e que na ocasião presidia o Instituto Weizman de Ciências. Continuou a troca de informações.
O cientista Moti Segev falou agora na realização de projetos envolvendo as cidades do Rio, São Paulo, Pernambuco e Pará, valorizando a dimensão internacional das Academias. Quando a palavra foi dada ao acadêmico Celso Láfer, lembrou do potencial da Universidade Hebraica de Jerusalém e também dos importantes núcleos científicos de Haifa e Tel Aviv.
Falei das variadas conquistas científicas do Estado de Israel e como isso poderia estar beneficiando o Brasil. Um bom exemplo é a existência do soro nasal de combate à Covid, remédio que é único no mundo. E como o Technion de Haifa desenvolveu o exame de sangue que pode detectar diferentes tipos de câncer. E outras inovações do Curlight Laboratóries e do Given Imaging Laboratory, com as pílulas que podem descobrir anomalias no trato digestivo. São dezenas de projetos de grande êxito.
Por fim, fiz referência ao CHCJ (Centro de História e Cultura Judaica), presidido por Daniel Miguel Klabin, que poderá estar presente nesse importante trabalho de intercâmbio. Que venham as ações objetivas.