Crônica: Educação e o Hibridismo - Politicas e Estratégias
Arnaldo Niskier
Para que o tema ganhe continuidade, é importante que sejam levados em consideração os itens que propusemos ao Conselho Nacional de Educação através da Indicação no 6/96, em que se previa a criação de um Sistema Nacional de Educação Aberta e à Distância; antes, é de nossa autoria a Indicação no 1/86, do Conselho Federal de Educação, sobre Informática na Educação. Um documento pioneiro, com algumas sugestões importantes:
01 - Estabelecer a Política Nacional de Educação Aberta e à Distância, no âmbito do Conselho Nacional de Educação, integrando o Plano Nacional de Educação;
02 - Estimular a experiência da Universidade Virtual, com a oferta ilimitada de cursos não-presenciais e a ampla utilização de endereços eletrônicos;
03 - Integrar os esforços das redes nacionais de rádio e televisão educativa, a fim de dar suporte aos projetos de treinamento de capacitação de profissionais, nos níveis médio e superior;
04 - Criar a primeira experiência-piloto na área do magistério, qualificando professores e especialistas, com ênfase no emprego da informática na educação;
05 - Treinar profissionais de multimídia (roteiristas, engenheiros de software, produtores visuais, animadores, produtores de vídeo, fotógrafos, locutores, dubladores etc, todos eles constituindo o que hoje chamamos de profissionais de newmedia);
06 - Orientar a produção de softwares educativos no País, para distribuição nas escolas públicas, com vistas ao aperfeiçoamento da qualidade do ensino (ênfase na educação básica);
07 - Elaborar uma estratégia nacional para o ensino por correspondência, baseada nos princípios da educação continuada e em perfeita consonância com a realidade brasileira, preservada a qualidade dos serviços a serem prestados;
08 - Promover a formação de equipes multidisciplinares para a produção de programas;
09 - Ampliar o acervo das bibliotecas escolares, de modo a incorporar também vídeos, disquetes e outros materiais;
10 - Incentivar a produção de programas locais de rádio e televisão;
11 - Apoiar técnica e financeiramente programas e projetos de EAD, promovidos por instituições públicas de ensino e organizações da sociedade civil sem fins lucrativos;
12 - Aproveitar a infraestrutura de instituições de ensino de nível médio e superior para torná-las centros de EAD regionais e/ou estaduais;
13 - Incluir a modalidade de EAD nos currículos dos cursos de educação e de comunicação.