Educação pós-pandemia


Arnaldo niskier

Por iniciativa do Dr. Ernane Galvêas, que dirige o Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo,  realizei uma palestra sobre “Educação pós-pandemia”. Após minhas considerações, revezaram-se diversos oradores, com uma penca de temas pertinentes.
 
Arno Wehling concordou com as críticas feitas ao MEC, sobretudo pela omissão em relação ao preparo dos docentes. O Conselheiro Antônio Celso fez algumas recordações dos nossos tempos de UERJ (quase 40 anos) e defendeu  ardorosamente a inclusão digital, tema que foi depois muito repetido.
 
A falta de internet para todos foi um tema recorrente. Falou-se também na necessidade de implantação do ensino técnico, que se tornou uma grande e inadiável prioridade. Depois, focalizou-se o ensino à distância, hoje uma realidade. Mas  como preparar os futuros enfermeiros nessa  modalidade?
 
 Aspásia Camargo mostrou que a reforma é necessária. “Há muitas portarias e poucas leis.” Ela defende a tese de que o dinheiro hoje mal utilizado pelo MEC deveria ser distribuído às Prefeituras e preconiza uma revisão tecnológica.
 
Marcos Azambuja, com o seu estilo muito pessoal, revela-se um pouco pessimista. Reclama que há uma ruptura de sentimentos entre pais e filhos: “Há competência, talento, mas falta chegar às soluções.”
 
Aurélio  Wander , sempre muito seguro, lembrou o que fez Napoleão quando suspendeu  as  aulas de Moral e Política. Hoje, temos de valorizar a digitalização do ensino. E assim cuidar da educação do futuro.
 
Joel Rennó lembrou que também no setor da energia a educação é fundamental. Citou os feitos da firma finlandesa Nokia. Rubens Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, com apoio de Olga Simbalista, afirmou que o grande problema da educação é lidar competentemente com a criança. Trabalhar a sua capacidade cognitiva. Nelson Mello e Souza diz  que é preciso aprender a pensar, tirando a criança do binômio mendicância/crime. Como se vê, numa simples sessão da CNC, muitas idéias foram surgindo, mostrando que há um vasto caminho a ser percorrido.