É claro que ainda estamos longe de alcançar uma educação de qualidade. Temos exemplos de boas práticas, como as que hoje ocorrem em Estados como Pernambuco, Ceará e Espírito Santo. Mas é pouco.

 

Veja-se o caso da alfabetização. Ela não acontece na idade certa – e isso é um enorme prejuízo. Só poderíamos estar mais tranquilos se superássemos esse obstáculo inicial e que o resultado envolve todos  o país. Assim  chegaríamos ao ensino médio com uma base muito maior e melhor.

                     

Estamos em busca de boas políticas públicas educacionais. Mas não se enxerga a necessária luz em todo esse processo.

                      

Para melhores resultados muito contribuiria o fim dos ataques sistemáticos aos cofres do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. É um recado que envolve políticos brasileiros.

 

Nossa realidade é triste: temos cerca de 70 mil escolas públicas sem a indispensável internet. Como alcançar assim a devida qualidade do ensino? E tem mais: 3.400 escolas não possuem fornecimento de luz. Ficamos à margem do progresso científico e tecnológico que nos forneceria benefícios hoje inalcançáveis. No cenário internacional ficamos situados numa posição verdadeiramente lamentável. É isso que querem os nossos governantes?

 

Como combater a clara desigualdade hoje existente? Seria evidentemente com uma boa educação, da qual estamos dissociados. O nosso último Censo Escolar mostrou uma profunda precariedade, com prejuízos inclusive na área de saúde. Há cerca de 3.600 escolas públicas que não dispõem de um natural fornecimento de água, um recurso básico. Corrigir isso seria medida de absoluta prioridade, mas não se enxerga movimento nesse sentido.

 

Cadê o Plano Nacional de Educação? Medidas tópicas não fazem sentido, como a criação demagógica de escolas cívico-militares ou a defesa absurda de educação doméstica. Retirar nossos alunos do necessário convívio escolar é algo que contraria a lógica pedagógica, mas se insere num processo tumultuado e sem sentido.