O irmão João de Santa Maria foi preso pela Inquisição em Madri. Circuncidou-se no interior do cárcere, e nos textos de defesa do processo inquisitorial encontramos expressos os ideais em que ele e Bartolomeu acreditavam, fortemente influenciados pelo messianismo do padre Antônio Vieira.
O outro irmão, Alexandre de Gusmão, galgou as mais altas posições na Corte Portuguesa. Foi embaixador, professor universitário, escritor, tradutor, secretário do rei D. João V, secretário de Estado e considerado um dos cinco maiores mercantilistas portugueses. Corria na Corte que a família Gusmão possuía antecedentes judeus, e Alexandre também foi perseguido por antipatias pessoais, inveja e intrigas. Suas maiores preocupações foram a defesa dos territórios coloniais e seus limites. Foi responsável pela povoação da região sul do Brasil com casais açorianos, o que distinguiu sua colonização, uma vez que no Nordeste as grandes propriedades escravistas eram prioritárias, e, no Sul, se destacavam as terras cultivadas familiarmente e em pequenas extensões. Em 1750, com a morte do monarca D. João V, Alexandre de Gusmão perdeu seu espaço político. Nesse momento, sobressaiu o futuro Marquês de Pombal. Não conseguiu salvar da fogueira seu melhor amigo,
Antônio José da Silva, de alcunha “o Judeu”. Morreu isolado no dia 31 de dezembro de 1753.