Crônica: Mais Inteligência Artificial
Arnaldo Niskier
A inteligência artificial terá fortes influências, a partir de agora, também junto aos atletas do esporte em geral. Além disso, o Rio de Janeiro será um pólo da inovação tecnológica. A sede deverá ser o Parque Olímpico da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e para isso a Prefeitura está buscando parceiros privados e se prevê uma guerra comercial inevitável, atraindo a atenção de investidores.
Líderes de big techs como Nvidia e Microsoft apontam essa tecnologia como motor de crescimento para empresas e países. O Brasil poderá se tornar uma grande potência no segmento. Algumas empresas privadas apenas aguardam a necessária regulamentação para sacramentar o seu acesso ao setor de enormes virtualidades, que já interessa também ao Papa Leão XIV. Enquanto isso, OpenAI e Tiktok lançam as necessárias ferramentas, registrando buscas na internet e em anúncios digitais. Nas Edtechs vem o foco em IA e o impacto, com a presença de startups de educação, o que hoje é uma realidade.
GERAÇÃO PRATEADA
E para sermos precisos, devemos nos referir igualmente ao elevado percentual de crianças e jovens dos 7 aos 17 anos em condições de extrema pobreza que sobrevivem com dificuldades e que talvez, por isso mesmo, podem ter uma vida curta, não engrossando a chamada geração prateada.
Para certos tipos de doença, como é o caso da dengue, o Brasil tem um sistema de vacinação que corresponde ao que de melhor existe. Os seus laboratórios em São Paulo (Butantan) e no Rio de Janeiro (Osvaldo Cruz) podem atender de modo adequado às nossas necessidades e isso só não se fez, no governo federal passado, por decisões equivocadas da nossa liderança daquele momento. Negar a importância da vacinação foi um lamentável equívoco, que custou a morte de muita gente.
Certamente não repetiremos esse erro.Não há dúvida de que devemos aprimorar a qualidade da educação. Para tanto, é preciso valorizar os modelos integral e técnico, o que se reluta em fazer, por motivos desconhecidos. Grande parte dos analfabetos funcionais é de formados no ensino médio (17%). É claro que um dos resultados dessa tragédia pedagógica é o apagão que se registra em nossas escolas, sem perspectivas de melhorar em curto prazo. É preciso reagir a isso com a urgência possível, até mesmo levando em conta as perspectivas da inteligência artificial.